sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O Desapego: Caminho para a Transformação

DESAPEGO: Caminho para a Transformação

Por Nice Ribeiro

O maior exemplo de desapego vem das abelhas.

Após construírem a colméia, abandonam-na.

E não a deixam morta, em ruínas, mas viva e repleta de alimento.

Todo mel que fabricaram além do que necessitavam é deixado sem preocupação com o destino que terá.

Batem asas para a próxima morada sem olhar para trás.

Na VIDA DAS ABELHAS temos uma grande lição.

Em geral O homem constrói para si, pensa no valor da Propriedade, tem ambição de conseguir mais bens, sofre e briga quando na iminência de perder o que "lutou" para adquirir."Onde estiver nosso coração, ali estarão nossos tesouros..."

Assim, não pode haver paz uma vez que pensamentos e sentimentos formem uma tela prendendo o ser ao que ele julga sua propriedade. Essa teia não o deixa alçar vôo para novas moradas.

E tal impedimento ocorre em vida ou mesmo após a morte, quando um simples pensamento como "Para quem vai ficar a minha casa?"é capaz de retê-lo em uma etapa que já podia estar superada. Ele fica aprisionado a um plano denso, perde oportunidades de experiências superiores.Para o homem, tirar a vida de animais e usá-los como alimento é normal.

Derrubar árvores para fazer conservas de seu miolo, também.

Costuma comprar o que está pronto e adquirir mais do que necessita. Mas as abelhas fabricam o próprio alimento sem nada destruir e, ainda, doam a maior parte dele.

A lição das abelhas vem do seu espírito de doação. Num ato incomum de desapego, abandonam tudo o que levaram a vida para construir. Simplesmente o soltam, sem preocupação se vai para um ou para outro.

Deixam o melhor que têm, seja para quem for - o que é muito diferente de doar o que não tem valor ou de dirigir a doação para alguém da nossa preferência.

Se queremos ser livres, se queremos parar de sofrer pelo que temos e pelo que não temos, devemos abrigar em nós um único desejo: o de nos transformar.

O exercício é ter sempre em mente que nada nem ninguém nos pertence, que não viemos ao mundo para possuir coisas ou pessoas, e que devemos soltá-las.

Assim, quando alguém ou algo tem de sair de nossa vida, não alimentamos a ilusão da perda. Adquirimos visão mais ampla.

O sofrimento vem quando nos fixamos a algo ou a alguém.

O apego embaça o que deveria estar claro: por trás de uma pretensa perda está o ensinamento de que algo melhor para nosso crescimento precisa entrar. E se não abrimos mão do velho, como pode haver espaço para o novo?

EXTENDA ISSO A OUTRAS ÁREAS DA SUA VIDA!!

3 comentários:

krysam disse...

é incrível como o ser humana ainda é apegado a matéria mesmo que seja a pequenas coisas.
E que belo exemplo o das abelhas, temos muito que aprender com elas, eu mesma sou uma dessas pessoas.E que bom é ter consciencia disso, estarei mais atenta.

Mário Caraça disse...

É este nosso objetivo de alertá-los para nossas deficiências...

rose marinho prado disse...

Gostei do texto, de fato, o apego é o que nos faz sofrer, e muito.
Porém, discordo dum trecho: "Para o homem, tirar a vida de animais e usá-los como alimento é normal".
Sou vegetariana, mas não condeno quem coma carne, ou seja, quem tira a vida doutros animais para usá-los como alimento. Afinal, vários animais o fazem.
A abelha é uma bela metáfora, uma figura de linguagem que torna fácil entender o sentido de doação. Mas não creio que ela o faça, com esse sentido. Está no aparelho genético dela. E a abelha ( isso só para brincar..rs) é malvada, afinal, não é ela quem mata o zangão assim ficou grávida?
De qq forma, escrevi mais para parabenizar ; o blog é muito diversificado, bem-intencionado e rico em ideias.
Saudações