segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A existência de Deus está sendo procurada cientificamente.

D.R. O LHC é um acelerador instalado num túnel debaixo da fronteira franco-suíça, a cem metros de profundidade. A perspectiva, agora, é de uma “re-estreia” na segunda quinzena de Novembro07 Novembro 2009 - 00h30


Big Bang: LHC recomeça a funcionar mas colisões só em Janeiro
Ciência procura partícula de DeusOGrande Colisionador de Hadrões (LHC), um gigantesco acelerador de partículas que começou a operar em Setembro do ano passado, mas logo teve de ser desligado por falha técnica, atingiu novamente a temperatura necessária para a realização de experiências: 271° C negativos, um pouco superior ao ‘zero absoluto’ (-273,15°C ).
Na altura, um curto-circuito provocou graves danos em 53 grandes ímanes supercondutores (de 15 metros de comprimento cada um) e o escape de várias toneladas de hélio líquido para o arrefecimento necessário.
Quando o LHC conseguir realizar as colisões, começará uma busca frenética por uma partícula em especial: o bosão de Higgs, popularmente conhecida como ‘a partícula de Deus’. Mas, porque é tão especial? Existe uma teoria muito apelativa para os físicos de partículas chamada modelo-padrão. É basicamente uma lista de todas as peças – ou seja, todas as partículas – usadas na ‘confecção’ de um Universo como o nosso. Mas para todo esse imenso "lego" científico funcionar correctamente, os físicos prevêem a existência de uma partícula que explicaria como todas as outras adquirem a sua massa. É onde entra o bosão de Higgs.
Infelizmente, até agora, os cientistas não encontraram nenhum sinal concreto de sua existência. Por maior que fossem os aceleradores de partículas, o Higgs continua a ocultar a sua existência. Agora, com a nova jóia da ciência europeia, não terá mais onde se esconder. Com uma potência nunca antes vista num acelerador, o LHC quase, de certeza, o encontrará.
CURIOSIDADES

CINCO VIAGENS AO SOL

Os ímanes do LHC foram produzidos com fios de liga de cobre, titânio e nióbio. O comprimento total desses fios é astronómico: o suficiente para 5 viagens de ida e volta ao Sol.

CHOQUES FRONTAIS

Choques ‘de frente’ ocorrerão no LHC: 600 milhões de vezes por segundo. Cada vez que houver uma colisão serão produzidas, em média, centenas de partículas de massas variadas.

PATAMAR DESCOMUNAL

Quando atingir o máximo de energia, cada protão dará, por segundo, cerca de 11 mil voltas ao anel de 27 quilómetros e atingirá sete triliões de eletrões-volt, um patamar descomunal para algo que é biliões de vezes menor do que um grão de areia.


SOPA 'QUENTÍSSIMA'


Na criação do Universo, a matéria não era constituída por protões e neutrões, mas sim por um plasma (um tipo de gás quentíssimo). O LHC vai tentar reproduzir esse estado primordial do Universo.

MINIBURACOS NEGROS NÃO SÃO PERIGOSOS


É possível, mas não muito provável, que o LHC atinja um nível de energia suficiente para revelar a existência de novas dimensões, além das três que costumamos vivenciar no quotidiano. E, ainda que não chegue lá, tem boas hipóteses de produzir objectos que emergem directamente da interacção entre a gravidade e o mundo quântico, como miniburacos negros. E será que é uma boa ideia criar um miniburaco negro no subsolo terrestre? Ou só estaremos a desencadear uma das maiores tragédias já exercidas por um ser que um dia resolveu brincar de Deus?
A imensa maioria dos físicos diz que não haverá perigo algum. Esses possíveis buracos negros são microscópicos e, uma vez criados, seriam quase imediatamente destruídos, espalhando diversas partículas com padrões muito peculiares.

DATAS DA CIÊNCIA

1895: 8 NOVEMBRO


O físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen descobriu e baptizou os raios X, além de fazer a primeira radiografia da história. Isto ocorreu quando Röntgen se apercebeu que determinado tipo de radiação podia atravessar corpos sólidos.


1916: 12 NOVEMBRO

Morre Percival Lowell, astrónomo americano que vaticinou a existência do planeta Plutão e iniciou a sua procura, que terminou na sua descoberta, mas foi, entretanto, desclassificado como planeta. Lowell também se dedicou a encontrar provas de vida inteligente em Marte.

1971: 13 NOVEMBRO


A sonda norte-americana ‘Mariner 9’ entra na órbita de Marte e torna-se o primeiro objecto artificial a orbitar outro planeta do sistema solar. O objectivo da missão não tripulada era enviar fotografias que mostrassem 70% da superfície do planeta vermelho.

CM RESPONDE

ESPÉCIE HUMANA

Há alguma hipótese de surgir na Terra uma outra espécie humana?, Rodrigo Alves, Coimbra
Uma nova espécie só apareceria se um grande grupo humano se isolasse do resto da civilização por milhares de anos. Uma hipótese remota seria o povoamento de outros planetas, onde não houvesse contacto com os terráqueos. Na Terra, seria difícil manter o isolamento. Com o avanço da tecnologia, o homem quase não precisa de se adaptar ao ambiente. Os mais fracos, ao contrário dos nossos primos do Paleolítico, não se dão tão mal assim, e a selecção natural praticamente deixa de funcionar. Mesmo isolado, é pouco provável que o homem mude tanto a ponto de se tornar numa nova espécie.

TELESCÓPIO REFORÇA TEORIAS DE EINSTEIN


O telescópio espacial Fermi, de raios gama, a forma mais energética da radiação, cumpriu um ano de observações. As medições do Fermi forneceram evidências acerca do espaço-tempo unificado conforme estabelecem as teorias de Einstein. Segundo o modelo, toda a radiação electromagnética, incluindo as ondas rádio, luz infravermelha e raios gama, desloca-se pelo vazio à mesma velocidade. Em Maio, o Fermi detectou uma explosão de raios gama com uma duração de 2,1 segundos, numa galáxia a 7,3 mil milhões de anos-luz de distância. Entre os fotões que o teles-cópio captou, dois possuíam energias com intensidades que diferiam mais de um milhão de vezes. Chegaram com uma diferença de apenas 9 décimas de segundo.

NANOGAIOLA: REMÉDIOS


Cientistas desenvolveram uma nanogaiola de ouro que pode ser aberta e fechada com luz. Serve para direccionar medicamentos a tecidos específicos

MERCÚRIO: CAUDA-SURPRESA


Uma ténue camada de gás e partículas é esticada pela pressão da radiação solar, formando uma longa cauda em Mercúrio, parecida com a de um cometa

KILIMANJARO: SEM NEVE

O gelo na maior montanha da África, com 5800 metros, que resiste há 11 mil anos, poderá sumir em menos de duas décadas, indica uma investigação

VIA LÁCTEA: DIMENSÕES

100 mil anos-luz de diâmetro tem o disco da nossa galáxia, a Via Láctea, além de 1000 anos-luz de espessura

Mário GilInf - Correio da Manhã
Nuno Alves
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Grupo de estudos e Investigação Ovni

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