quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Geoglifos no Acre

Geoglifos do Acre: novas descobertas elevam para 255

27 de julho de 2009

Por Altino Machado

Geoglifo Santa Terezinha em Capixaba (AC ). Imagem: Édison Caetano e Diego Gurgel

Coordenados pela arqueóloga Denise Schaan, um grupo de pesquisadores já identificou e catalogou a existência de 255 geoglifos na parte leste do Acre como decorrência de um esforço para fazer um amplo levantamento regional desses sítios arqueológicos. Os geoglifos são figuras formadas por valetas com largura média de 11 metros , tendo cada valeta de 1 a 4 metros de profundidade. A técnica construtiva inclui muretas de 6 a 8 metros com meio metro de altura. As figuram chegam a medir em média de 100 a 200 metros . Eles possuem, ainda, caminhos com 20 metros de largura.

Geoglifo em Capixaba (AC ). Imagem: Diego Gurgel

Os geoglifos, que foram construídos entre os seçulos I e X, serviam para diversas funções: moradia e plantação (aldeias fortificadas) , encontros, festas, rituais. Estão localizados em áreas de interflúvio, entre os divisores de água dos rios Acre, Iquiri e Abunã. Essas imensas estruturas só se tornaram visíveis após o desmatamento da região e estão na forma de círculos, elipses, quadrados, retângulos, hexágonos, octógonos e meia lua, além de formas irregulares. Os geoglifos do Acre fizeram parte neste ano da lista indicativa do Instituto Nacional de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) encaminhada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) recomendando que sejam avaliados para possível tombamento como patrimônio cultural da humanidade, a exemplo das Pirâmides do Egito, Muralhas da China e as Ruínas de Machu Picchu.

Geoglifo parcialmente coberto pela floresta. Imagem: Altino Machado

Os próximos passo dos pesquisadores será selecionar geoglifos para escavar, entender suas funções e estabelecer uma cronologia, realizar inventário de espécies vegetais que nasceram sobre os geoglifos, realizar estudos de solo (fertilidade, áreas de atividade) e estudar composição da flora na época da construção dos mesmos. As pesquisas têm sido intensificadas. Recentemente, por exemplo, foram descobertos diversos novos geoglifos no município de Acrelândia, onde predominam as figuras retangulares, acompanhadas, às vezes, de outras estruturas complexas. Na semana passada, durante um sobrevôo, foram feitas fotos inéditas de novos deles.

Google Earth

Usuários do Google Earth ou Maps Google podem apreciar alguns dos 120 geoglifos do Acre, a partir das seguintes coordenadas: (10°12′13.32″S 67°10′18.09″W), (10°22′1.61″S 67°43′24.89″W), (10°18′24.51″S 67°13′12.50″W), (10°13′49.01″S 67° 7′26.71″W), (10°17′14.08″S 67° 4′32.97″W), (10°13′5.25″S 67° 9′28.94″W), (10°18′ 06.64″S 67° 41′41.55″W), (10°11′27.65″S 67°43′20.11″W).








Entrevista – Denise Schaan, atual presidente da Sociedade Brasileira de Arqueologia, conversou com o Blog da Amazônia:


Arqueóloga Denise Schaan
O que há de novo em relação aos geoglifos do Acre?
Temos 255 geoglifos e cada vez que a gente começa a explorar uma área diferente encontramos mais e mais. Eles não estão apenas nas áreas desmatadas, mas dentro da floresta também. É um trabalho que vai demandar muitos anos de estudos. Temos nos surpreendido com a complexidade de algumas estruturas que temos encontrado, com montículos e muretas lineares, que formam outros tipos de espaços, que levam para outros lugares. Não é apenas aquele geoglifo que nos induz a acredita que ali existiu uma aldeia, mas algo muito ampliado em termos de ocupação.

Você continua convencida de que os geoglifos questionam os estudos que concluem que a presença de populações primitivas na Amazônia era restrita às margens dos rios?
Sem dúvida. A gente tinha conhecimento da existência de valetas, de estruturas defensivas, no Alto Xingu. Nessas áreas de interflúvio para terra firme, que a gente achava que só havia povos nômades ou aldeias que estavam sempre mudando de lugar, temos visto indícios de estruturas mais permanentes cujo espaço foi ocupado por um grande número de pessoas por um longo período de tempo. Essa região do Acre merece um estudo especial porque está afastada do curso do Rio Amazonas, mais próxima dos Andes. Estamos num ambiente que está no caminho entre duas coisas. Povos andinos faziam trocas com povos da Amazônia. Esses geoglifos podem indicar um local de passagem que a gente ainda não conhece.

Esses povos poderiam ser aruaque?
A gente sabe, a partir de dados etno-históricos, que os aruaque se distribuíram, a partir das Antilhas, em toda a borda amazônica. Eles usavam essas aldeias mais ou menos circulares, grandes áreas de praças, com as casas em volta. Eles também têm o costume de fazer essas estruturas defensivas, tipo valetas, muretas e estradas. É muito provável que foram povos aruaque que habitaram os geoglifos.



Qual incógnita precisa se respondida em relação aos geoglifos?
O que acho mais intrigante até agora é o fato de termos encontrado indícios de moradia em alguns e em outros não. Parece que alguns foram construídos para utilização em um único evento. Que evento seria esse? Outra incógnita é saber qual era a vegetação nativa na época da construção dos geoglifos. Precisamos saber se era uma savana aberta ou se era uma floresta. Se era floresta, eles tiveram que destruí-la para construir essas estruturas. Temos encontrado cerâmicas e lâminas de machados de pedra. Os machados não são do Acre. Pedra é um material que existe em Rondônia, mas não no Acre. Podemos deduzir que são instrumentos de troca. Como se deslocavam de um local para outro tão longe? Certamente todos eles estavam em contato, do contrário não teria como se expandir toda essa mentalidade que está por trás dos geoglifos.

E a proteção desse patrimônio arqueológico?
Acho que deveria ser feita uma grande campanha para a proteção desses geoglifos. Não acho que se deva criminalizar a situação. A gente tem um evento de um geoglifo que visitamos em Acrelânida cuja maioria dele está dentro da mata. Quando o proprietário chegou naquela área, a floresta já estava desmatada, mas ele decidiu que não derrubaria o resto porque compreende que é importante para estudos. Sei que não vamos conseguir preservar todos, mas é importante campanhas de sensibilização nesse sentido.

Ramal Floresta, em Acrelândia. Imagem: Diego Gurgel

Veja mais imagens:


http://www.geoglifos.com.br/
Saiba mais: Geoglifos do Acre podem ser reconhecidos pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade no Brasil.

Autor: Autino Machado
Fonte: Blog da Amazônia, link: http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/2009/07/27/arqueologia-novas-descobertas-elevam-para-255-os-geoglifos-do-acre/

Grande abraço;

Paulo R. Poian.CBPDV * http://www.cbpdv.com.br/ *Equipe UFO * http://www.ufo.com.br/expedienteUfo.php *Revista UFO Online * http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_UFO/ *Revista UFO Brasil * http://www.ufo.com.br/ *

Mulher consegue ver cores e sentir sabores na Música

Mulher consegue ver cores e sentir sabores na música

O Fantástico trata de um mistério que a ciência tenta decifrar. Elizabeth vê as cores e sente o gosto de cada canção.


Reprodução



A cor do som (Foto: Reprodução/Getty Images)
Você vai conhecer um caso extraordinário: uma mulher que é capaz não apenas de ouvir música, como todo mundo. Incrivelmente, ela enxerga a música. Como se não bastasse, ela sente, na ponta da língua, o sabor de cada nota musical. Elizabeth não é apenas um fenômeno. É um caso único, diz um cientista. “Não existe no mundo outro ser humano que tenha esta habilidade”, afirma. Tudo começou nos tempos de adolescência. “Quando eu tinha 16 anos, vi que enxergava uma cor para cada nota musical que ouvia”, diz ela. “Perguntei a uma amiga se ela também podia ver cores quando ouvia música. Mas ela me disse que eu era estranha. Vi, então, que eu estava sozinha. Não era igual aos outros”, conta.

Poucas semanas depois, Elizabeth teve outra surpresa: descobriu que as notas musicais que ouvia produziam sabores específicos. Havia notas que, por exemplo, deixavam um sabor amargo na boca. “Fiquei assustada. Quase enlouqueci”, diz.

O fenômeno não acontece só com música. O som de um sino, o barulho de um motor, o toque de um celular ou o latido de um cachorro, tudo produz cores e sabores em Elizabeth. São cores que só ela enxerga e sabores que só ela sente. É como se os sons da vida produzissem, em Elizabeth, um show que só ela pode ver, um espetáculo que não acaba nunca.

Elizabeth não gosta de ir a discotecas, porque as cores e os sabores produzidos pela música que ela ouve nestes ambientes não são atraentes. Quando ouve o som forte das discotecas, ela enxerga quadrados pretos. O que acontece com Elizabeth é um caso extremo de sinestesia, uma condição neurológica que faz com que os sentidos se combinem. Há outros casos de gente que enxerga cores nas notas musicais. Mas o caso de Elizabeth é diferente de todos os outros, porque combina a audição, a visão e o paladar.

Todos estes sentidos entram em ação, juntos, quando ela ouve um som. Elizabeth atraiu, é claro, a atenção de médicos e cientistas. O cérebro de Elizabeth passou por um exame detalhado. Os médicos descobriram uma grande atividade nas conexões neurológicas que unem a visão, a audição e o paladar. Em gente comum, estas conexões parecem adormecidas. Mas, em Elizabeth, elas estão em atividade. Os cientistas estão tentando identificar o gene que produz o fenômeno da sinestesia. Ou seja: a combinação entre vários sentidos.

“É só uma questão de tempo”, diz um cientista, entusiasmado com os grandes avanços da engenharia genética. Quando a ciência descobrir qual é o gene responsável pelo que acontece com Elizabeth, esta capacidade pode ser estendida a todos os seres humanos. Pode chegar o dia em que será possível ouvir o som, ver a imagem e sentir o gosto da música. Um espetáculo que, por enquanto, tem Elizabeth como única espectadora.


FONTE: Fantástico Rede Globo - dia 25/07

Abduções e Consequências


Médica fala sobre abduções e as conseqüências do fenômeno



A consultora da Revista UFO, médica e médium Mônica Medeiros foi uma das palestrantes da oitava edição do ciclo de palestras Cosmos, realizado de 20 a 24 de julho, em Araçatuba, São Paulo. Na ocasião, concedeu entrevista ao jornalista Sérgio Teixeira, do jornal Folha da Região, e falou do trabalho que realiza na Casa do Consolador com os abduzidos. Leia a matéria: Há um ano, a médica Mô­nica Medeiros foi pro­curada por um jovem de 17 anos que precisava de ajuda. O rapaz estava bastante perturbado, havia se cortado várias vezes com gilete, além de ter tentado o suicí­dio em três oca...

Leia matéria com uma das poucas profissionais que trata de abduzidos, link: http://www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=4436

Grande abraço;

Paulo R. Poian.CBPDV * http://www.cbpdv.com.br/ *Equipe UFO * http://www.ufo.com.br/expedienteUfo.php *Revista UFO Online * http://br.groups.yahoo.com/group/Revista_UFO/ *Revista UFO Brasil * http://www.ufo.com.br/ *

Nasa fotografa pôr do Sol na Atmosfera

NASA fotografa pôr do Sol na atmosfera


A agência espacial americana divulgou a foto tirada pela tripulação do ônibus espacial Endeavour um dia antes de sua chegada na Terra. A nave, que partiu da Estação Espacial Internacional, voltava de uma missão de 16 dias e registrou o fenômeno em 29 de julho.

Na foto, a luz do Sol se pondo evidencia as camadas da atmosfera terrestre.

Observatório divulga imagem de Nebulosa" Bolha de Sabão"


Observatório divulga imagem de nebulosa "bolha de sabão"
28 de julho de 2009 • 12h18 • atualizado às 12h18


Nebulosa planetária PN G75.5 1.7 se localiza na constelação de Cygnus (Cisne), que está a 11 anos-luz da Terra

T. A. Rector/University of Alaska Anchorage, H. Schweiker/WIYN and Noao/Aura/NSF/
Divulgação

O Observatório Óptico Nacional de Astronomia (Noao, na sigla em inglês) dos Estados Unidos publicou em seu site a imagem de uma nebulosa planetária semelhante a uma "bolha de sabão". Batizada oficialmente este mês de PN G75.5+1.7, a formação de gás e poeira se localiza na constelação de Cygnus (Cisne), a cerca de 11 anos-luz da Terra, próxima à nebulosa Crescente (NGC 6888).
Segundo o Noao, a simetria esférica da "bolha" é notável e se parece muito com a também nebulosa planetária conhecida como Abell 39, localizada a 7 mil anos-luz da Terra. O observatório informou que a "bolhão de sabão" foi registrada pela primeira vez em julho de 2008 pelos pesquisadores Keith Quattrocchi e Mel Helm. A imagem atual foi obtida pela lente do telescópio Kitt Peak Mayall, no Arizona.
As nebulosas planetárias são constituídas por gases e plasma e se formam a partir de estrelas que estão no período final de vida. O fenômeno funciona como os resquícios da morte de uma estrela: na fase final, dependendo da massa, pode lançar ao espaço as camadas externas da estrela.
Redação Terra

Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI3895997-EI238,00-Observatorio+divulga+imagem+de+nebulosa+bolha+de+sabao.html


Centro de prensa nebulosa imagen de "burbuja de jabón"
28 de julio de 2009 • 12h18 a 12h18 • actualizado Nebulosa planetaria PN G75.5 1,7 se encuentra en la constelación Cygnus (Cisne), que es de 11 años-luz de la Tierra T. A. Rector de la Universidad de Alaska Anchorage, H. Schweiker / WIYN y NOAO / AURA / NSF / Divulgación El National Optical Astronomy Observatory (NOAO, la sigla en Inglés) de los Estados Unidos publicó en su sitio la imagen de una nebulosa planetaria como una "burbuja de jabón". El nombre oficial de este mes para PN G75.5 1.7, la formación de gas y polvo se encuentra en la constelación Cygnus (Cisne), alrededor de 11 años-luz de la Tierra, cerca de la Nebulosa de la Media Luna (NGC 6888). El NOAO, la simetría esférica de la "burbuja" es excelente y se parece mucho a una nebulosa planetaria conocida también como Abell 39, situado a 7 mil años luz de la Tierra. El Centro informó que "Bolhão jabón" se registró por primera vez en julio de 2008 por los investigadores y Keith Quattrocchi Mel Helm. La actual imagen fue obtenida por la lente del telescopio Mayall de Kitt Peak en Arizona. La nebulosas planetarias se componen de gases y de plasma, y se forman a partir de estrellas que se encuentran en el último período de la vida. Este fenómeno sirve como los restos de la muerte de una estrella: en la fase final, en función de la carga, se puede lanzar al espacio las capas externas de la estrella. Escritura de la Tierra
Mauro de Rezende
GUCIT - Grupo Ufológico Cidade Tiradentes
Cel: (11) 9361-6309 / Res: (11) 2964-2433 http://br.mc1108.mail.yahoo.com/mc/compose?to=mauroderezende@yahoo.com.br
http://br.groups.yahoo.com/group/UFOVOE

Cometas podem varar barreira de Júpiter e chegar à Terra

quinta-feira, 30 de julho de 2009, 15:22 Online
Cometas podem varar barreira de Júpiter e chegar à Terra
Cometas que, pensava-se, jamais chegariam perto daqui podem mudar de órbita por causa dos planetas gigantes
Carlos Orsi, do estadao.com. br

Divulgação

O cometa de período longo 2001 RX14, fotografado em 2002 por telescópio americanoSÃO PAULO - Cometas de uma população que, acreditavam os cientistas, jamais teriam chance de chegar perto o suficiente da Terra para serem observados diretamente podem, na verdade, ser arremessados em nossa direção pelo efeito gravitacional dos planetas gigantes Júpiter e Saturno. Uma simulação que revela essa rota espacial, até agora desconhecida, aparece na edição desta semana da revista Science.
Para ter uma oportunidade de chegar perto da Terra, os chamados cometas de longo período - que completam uma órbita a cada 200 anos ou mais e habitam a zona mais externa do sistema solar, a chamada nuvem de Oort - precisam, paradoxalmente, primeiro ir muito longe, atingindo uma distância do Sol suficientemente grande para que suas trajetórias sofram influência decisiva de outras estrelas, ou do restante da galáxia.
Sem esse impulso extra, os cometas da nuvem que tentam chegar à parte interna do sistema solar - que inclui a Terra - acabam expulsos de vez para o espaço interestelar, pela chamada "barreira Júpiter-Saturno" , formada pela influência gravitacional dos planetas gigantes. Assim, os cientistas acreditavam que apenas os cometas da chamada parte externa da nuvem de Oort - os que, no ponto mais longínquo de suas órbitas, chegam a mais de 20.000 vezes a distância que separa a Terra do Sol - teriam chance de chegar perto de nós sem serem expulsos pela barreira.
Mas as coisas podem não ser bem assim. "Em nossas simulações, vimos que alguns cometas da parte interna da nuvem, antes de serem ejetados, têm encontros com Júpiter e Saturno que são muito fracos para expulsá-los, mas que são fortes o bastante para mudar sua distância máxima do Sol. Esses encontros fracos movem algumas dessas distâncias para a nuvem externa", da onde os cometas podem ser empurrados na direção da Terra, explica o principal autor do artigo na Science, Nathan Kaib, da Universidade de Washington.
O efeito líquido da gravidade dos planetas gigantes sobre a segurança de nosso planeta ainda é uma questão em aberto, no entanto. A colisão de um cometa ou asteroide com Júpiter, na semana passada, provocou comentários sobre o "efeito protetor" da gravidade dos gigantes gasosos, mas Kaib explica que, se esse efeito existe, isso não ocorre porque "Júpiter leva o tiro em nosso lugar". "Na média, Júpiter e Saturno serão atingidos mais vezes que a Terra porque são maiores e estão mais expostos a corpos pequenos, mas seu papel como 'protetores planetários' é causado pela capacidade de ejetar corpos para o espaço interestelar" .
Só que mesmo essa proteção é duvidosa. "De acordo com as simulações que rodei, Júpiter e Saturno reduzem o número de cometas da nuvem de Oort que cruzam a órbita da Terra por um fator de 30", diz Kaib. "Mas esses planetas também tiveram um papel na formação da nuvem, em primeiro lugar", destaca. "Além disso, eles têm um papel crítico em 'pastorear' cometas de período curto para a Terra, bem como em perturbar asteroides para órbitas que cruzam a da Terra. Então não está claro, ao menos para mim, se o efeito líquido protege ou põe a Terra em risco".
Astrônomos acreditam que a maioria dos cometas de período curto origina-se numa região do sistema solar mais próxima de nós que a nuvem de Oort: o cinturão de Kuiper, que começa logo além da órbita do planeta Netuno. "O cometa de Halley é um caso à parte", diz Kaib, referindo-se ao famoso astro que passa perto da Terra a cada 75 anos. "Embora tenha período curto, seu lugar de origem não é conhecido".
O astrônomo acrescenta ainda que os riscos de impacto de cometas vindos da nuvem de Oort com a Terra são muito menores que os de um impacto de asteroide. Enquanto cometas são corpos gelados que vêm dos limites do sistema solar, os asteroides são rocha e metal e concentram-se, principalmente, num cinturão localizado entre Marte e Júpiter.
A simulação rodada por Kaib mostrou que, mesmo na maior chuva de cometas dos últimos 500 milhões de anos - quando diversos corpos foram deslocados da nuvem de Oort pela passagem próxima de uma estrela - apenas dois ou três, no máximo, teriam atingido a Terra. Já cometas solitários originários da nuvem, desvinculados de chuvas, atingiriam a Terra uma vez a cada 30 milhões ou 40 milhões de anos. "Esse fluxo é muito pequeno se comparado ao de corpos do cinturão de asteroides. Acredita-se que um asteroide de 1 quilômetro ou 2 quilômetros atinge a Terra a cada milhão de anos".

O Mundo vai mesmo acabar em 2012 ? Será???

Materia publicada no site Universo On-Line:http://pessoas.hsw.uol.com.br/fim-do-mundo-2012.htm

O mundo vai mesmo acabar em 2012?
por Ryan Johnson - traduzido por HowStuffWorks Brasil


Introdução
Existem incontáveis teorias sobre como o mundo vai acabar e como - ou se - a vida na Terra deixará de existir. Na virada do século 21, teorias da conspiração disseram que o Bug do Ano 2000 era apenas uma pequena parte da devastação iminente: O novo século provocaria destruição total, e ninguém sobreviveria. Outros acreditam que a Terra está ameaçada por uma nova era do gelo, que matará todos os seres viventes. De acordo com astrônomos, daqui a bilhões de anos, o sol se tornará um gigante vermelho, expandindo para um tamanho maior que a órbita da Terra e consumindo a Terra no processo. Mesmo se o planeta, de alguma maneira, sobreviver, o sol irá se encolher paulatinamente, tornando-se uma estrela anã branca e esfriando gradualmente até não poder aquecer nada mais no sistema solar.
©iStockPhoto/ Justin HorrocksSeattle embaixo d'água depois que a península de Puget Sound é inundada
Há teorias, ainda, que garantem que o fim do mundo será provocado pela colisão do planeta Terra com o planeta Nibiru, em 2012. Essa última teoria levou à criação do filme "2012", que estréia mundialmente em novembro de 2009.
Mas é um outro filme, lançado em 2006, que fala da previsão do fim do mundo segundo o calendário maia. "Apocalypto" , de Mel Gibson, segue a jornada de um homem da escravidão até voltar para sua família. Durante o curso do filme, uma jovem profetiza que um homem será responsável pelo fim dos maias, varrendo sua civilização da face da Terra. No mundo real, alguns teóricos não acreditam que um homem seja o fim dos maias - em vez disso, um evento celestial será a causa. O calendário maia até nos dá uma data para esse evento teórico: 21 de dezembro de 2012.
Como os maias desenvolveram um calendário que poderia prever o fim do mundo? Os maias realmente acreditavam que nos restam agora apenas três anos, e se sim, porque seria 21 de dezembro de 2012 o dia do apocalipse?

A longa contagem até o fim
Os maias têm um sistema complexo de calendários, e cada calendário tem uma proposta diferente. Acredita-se que sejam 20 calendários, embora apenas 15 tenham sido revelados ao público. Os maias mantiveram os outros cinco um segredo dentro de sua cultura.
©iStockPhoto/ distudioA Terra pode entrar numa nova era do gelo
Os calendários maias mais comumente conhecidos são:
Calendário Tzolk'in - Usado principalmente na rotação de colheita, esse calendário permite um período de 260 dias para o preparo da terra e um período de 260 dias para crescer e colher o milho.
Calendário Haab - Este calendário dura 360 dias, com um período de 5 dias chamado wayeb (dias sem nome). Parecido com o calendário gregoriano que nós usamos atualmente, esse calendário segue o ciclo do sol.
Ciclo de calendário - Este calendário deu aos maias uma forma de gravar a história em longos períodos. É uma combinação do Tzolk'in e do Haab, e passa por 52 anos.
Cinquenta e dois anos era mais do que a média de vida útil dos maias quando o ciclo de calendário foi criado. Contudo, os historiadores maias queriam criar um calendário que pudesse ser usado para gravar a história por séculos. Isso levou ao calendário de Longa Contagem, que incorpora uma era chamada Grande Ciclo, e cuja duração é de aproximadamente 5.125,360 anos. A ideia de que o mundo está próximo do fim vem do calendário de Longa Contagem.

Previsões de devastação

ComoTudoFuncionaNostradamusMichel de Nostredame, também conhecido como Nostradamus, foi um médico do século 16 que também tinha um pendor para a escrita. Ele escreveu uma série de profecias, focando principalmente em guerras, desastres e destruição. Usando metáforas e mistério, Nostradamus escreveu essas profecias como quadras, ou versos de quatro linhas. Seus seguidores dizem que ele previu o surgimento de Hitler, o pouso da Apollo na Lua e os ataques de 11 de setembro de 2001. Seus críticos dizem que suas escritas são nada mais do que antigos horóscopos, escritos para contar eventos que vão, sem dúvida, ocorrer recursivamente. Para saber mais sobre Nostradamus e suas profecias, leia nosso artigo Como funciona Nostradamus.


Em algum momento durante a Inquisição Espanhola, os maias pararam de usar o calendário de longa contagem - pelo menos até onde sabem os espanhóis. A história maia começou a gravar eventos tanto no calendário de longa contagem quanto no gregoriano. Os acadêmicos então compararam as datas em ambos os calendários e confirmaram o início do atual Grande Ciclo como 13 de agosto de 3114 A.C., fazendo com o que o fim do quarto Grande Ciclo fosse 21 de dezembro de 2012. Teóricos acreditam que esse será o dia em que o mundo vai acabar e todos os seres viventes na Terra vão morrer.
Contudo, os próprios maias não acreditavam que o mundo estaria se encaminhando para o fim no final desse ciclo. Na verdade, eles acreditavam ser um momento de grande celebração e sorte quando o planeta passa por todo um Grande Ciclo. Afinal, nós passamos com segurança por três outros Grandes Ciclos, e o mundo ainda está girando.
O que faz este ciclo tão diferente, alguns acreditam, é que ele termina num solstício de inverno (hemisfério norte), ou de verão (hemisfério sul). Neste solstício em particular, o sol estará alinhado com o centro da Via Láctea. Esse evento particular acontece a cada 26 mil anos. Mas essa ocorrência celestial realmente irá acabar com o mundo e matar a todos nós? Provavelmente, não. Muitos acadêmicos vêem essa teoria como extremistas tentando lucrar com os medos alheios.
Então, o que vai acontecer em 21 de dezembro de 2012? É provável que o dia passe sem nenhum evento significativo. As pessoas podem nem mesmo perceber que é o dia do juizo final, embora isso seja improvável, considerando como a imprensa vai tratar o assunto. Nós apenas temos de esperar e ver o que acontece - e, se Deus quiser, poder atualizar este artigo em 22 de dezembro de 2012.