Histórias para contar nº 5:
"Um Conto de Natal: Olhai as aves do céu"
Um Conto de Natal: “Olhai as aves do céu”
É Natal... Que bonito!!! Todas as famílias reunidas nesta confraternização Universal em torno do nosso grande Mestre Jesus!
É nesta hora sublime que ficamos com os corações moles, queremos de alguma forma, como se fosse o último minuto de nossas vidas, resgatar todo o tempo perdido, aquele caso imperdoável, doloroso, triste, queremos a todo custo, solucionado. Ah! Se pudéssemos resolvê-los simplesmente com a nossa vontade e libertar todos estes quadros que nos prendem em nossas vidas há vários séculos...
Adormecidos que estamos na estrada de nossas vidas, o nosso subconsciente vai registrando tudo que acontece, todos os nossos atos, ações, realizações, vida após vida, boas e más. E nossa sabedoria sai do nosso conhecimento que vem através das sucessivas experiências passadas, nos tornam homens ou mulheres cada vez mais próximos a Deus.
Jesus em sua vinda junto de nós, sempre mostrou por parábolas a maneira simples de viver em Paz, Harmonia e Equilíbrio, vivendo em eterno amor com nosso PAI, nosso Criador.
Hoje, como em todos os natais que reunimos, estão presentes sempre aqueles que temos maior afinidade espiritual. Sejam encarnados nós (pai, filhos, marido, esposa, tios, primos e amigos), ou àqueles que já se encontram na pátria espiritual.
Neste dia de Graça, sabemos que são permitidas visitas aos lares dos parentes, aquelas entidades que nos foram muito caras, quando estávamos juntos. Cada um de nós vai se lembrar agora de seus parentes que já se foram e convidá-los a estar aqui ao nosso lado, pedindo permissão ao nosso Pai, para desfrutarmos junto a esta Ceia de Natal. E como num passe de mágica eles estivessem aqui neste momento, vamos sentindo esta sensação agradável de todos nós, nos ligarmos um ao outro pelos laços do AMOR.
Pois bem, preparem bem o coração e sintam que hoje é dia Graça!!!
Todos estão aqui, nossos pedidos foram aceitos, os nossos pensamentos fraternos fazem ligar ainda mais pelos laços consangüíneos.
Fiquem alegres, pois hoje é dia de festa! É NATAL. E JESUS quer que o espírito do Natal permaneça desta forma em todos os outros dias do ano!
Eu me lembro de uma história de Natal, muito bonita, que foi passada por inspiração. Vocês conhecem a história de Pedro Bonachão? Não?
Pois bem, vamos contar:
“Era uma vez um rapaz jovem talentoso, com muitos sonhos de vencer na vida, quis se aventurar saindo cedo de sua casa em busca de novas idéias, trabalhos e esperanças. A sua família muito simples e humilde não lhe dava créditos, dizendo que pobre jamais seria rico, mas Pedro sendo impulsionado pelo seu desejo saiu para aventura.
Passado muitos anos, cerca de 30 anos, talvez, Pedro já na idade madura, vendo que seus pais tinham razão, não conseguiu nada além de seu sustento na vida. Trocava seu trabalho por um prato de comida. Fazia qualquer coisa para agradar as crianças, distribuía balas e com isso ficou conhecido por Pedro Bonachão.
Um belo dia resolveu voltar para sua cidade natal, reviver sua família, seus pais e irmãos que havia deixado. E chegando a sua rua, foi até o local de sua casa e com grande espanto a viu completamente em ruínas. Muito triste e desolado perguntou aos vizinhos o que havia acontecido lá e à sua família. Os vizinhos mal responderam, pois lhes disseram que sua mãe e suas duas irmãs tinham morrido da peste que assolou aquela casa e o povo com medo maior incendiou toda a casa para acabar com a doença. O seu pai e seu irmão, em vista do ocorrido e da desgraça ter caído sobre sua casa, tiveram de sair da cidade, pois o povo não os aceitava mais. E assim Pedro, o Bonachão, em busca de sua família, se viu só no mundo, desolado e muito triste não sabendo mais o que fazer...
O tempo passou naquela Aldeia, e Pedro mal podia viver com aquela dor e carga de vida que mudara tanto sua vida. Vivia de rua em rua, se alimentando de vez em quando, até que encontrou alguém que pudesse repartir suas horas de aflição e permanecer em sua companhia: Um cachorro de rua!
Muito brincalhão, o cachorro gostou de seu novo dono permanecendo junto de si.
E o tempo passou... Ele já estava velho, cabelos e barbas brancas e seu cachorro Peludo, que era seu nome, bem velho, os dois perambulavam pelas ruas da aldeia, com muitas histórias para contar para as crianças, entretendo-as nas praças a custo de alguns trocados.
Era inverno, o natal se aproximava. Todas as pessoas se preocupavam em preparar o ambiente doméstico e decorar suas frentes e árvores com motivos natalícios. A corrida aos centros de comércio também se faziam para abastecerem de comida para a ceia de natal. E o frio chegara...
A neve caía como flocos de algodão, a branquear toda estação de inverno. O vento soprava como cânticos nas árvores anunciando o natal que se chegara e estas todas revestidas em flocos de neve, esbranquiçadas, perdiam suas folhas mudando o cenário de magnífico esplendor.
As ruas só existiam nas demarcações das carroças e charretes, e passagens de pessoas nas calçadas. O ambiente era festivo, e o ar cheirava comida nesta época. O porco do mato assado à pururuca, e o javali eram os pratos preferidos. E Pedro Bonachão e seu cachorro Peludo perambulando pelas ruas da aldeia, quando deparou frente à loja de presentes, um senhor parecido cone na outra sigo. Velho de barbas brancas e compridas e cabelos longos, roupas em vermelho cintilante e com um grande sino na mão para chamar os transeuntes a entrarem em sua loja, e na outra mão carregava um saco grande repleto de presentes. Aí Pedro se lembrou do Papai Noel que vinha em noites de natal a distribuir presentes a toda criançada da cidade. Há que bom que seria! Pensava consigo mesmo. Lembrou de sua semelhança com Papai Noel da loja, fez até um pedido a Papai do Céu, o nosso Deus, que gostaria de ser o Papai Noel de verdade distribuindo presente a toda garotada como fazia com a distribuição de balas na praça.
Na véspera do Natal, estava muito frio e diziam que seria o dia de frio mais intenso do ano. As pessoas tão ocupadas que estavam não ficavam nas ruas, nevava intensamente...
E Pedro Bonachão e Peludo entraram num templo para se aquecerem e sentou-se um pouco para descansar.
E naquele instante pode ouvir um pastor que dizia aos fiéis as palavras de Jesus, dizendo:
“Não queirais entesourar para vós os tesouros da terra, onde a ferrugem e a traça consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourais para vós os tesouros do céu, onde não consomem a ferrugem nem a traça. E onde os ladrões não os desenterram, nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, aí está também teu coração. Olhai as aves do céu, que não semeiam nem segam, nem fazem proventos para seus celeiros e, contudo vosso PAI celestial as sustenta. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as outras coisas se vos acrescentarão. E assim não andarão inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição” (Mateus VI : 19-21, 25-34).E Pedro escutando aquelas palavras, notou que eram para si, falava de sua vida, pois naquele momento não possuía nada além de seu cachorro Peludo, algumas balas em seu bolso e muitas histórias para contar.
Saiu do templo feliz em ter encontrado a Paz que necessitava, pois tinha a certeza de que Jesus não o haveria de desampará-lo naquela noite de Natal muito fria (e Jesus não o abandonou).
Passeou pelas ruas, tentou conversar com as pessoas, mas tudo em vão.
Todos os pedestres estavam muito ocupados, se dirigindo para suas casas.
Já anoitecendo, a lareira aquecida, árvores de natal repleta de decorações e presentes à sua volta, pessoas se divertindo, bebendo e Pedro Bonachão e Peludo a verem pelas janelas das casas todo o carinho, o conforto que acomodavam aquelas famílias. Pedro desejou muitas felicidades a todos, lembrando de seus familiares que não tiveram a mesma sorte e rogou uma prece a eles. Sentado à beira de um banco de jardim na praça, se encostando com Peludo para se aquecerem. A neve caía intensamente sobre eles e Pedro sentiu-se mal após formular a prece, perdendo os sentidos naquele momento. Seu cachorro ao vê-lo quase desfalecido, quis como último recurso lamber-lhe o rosto na tentativa de reanimá-lo, mas suas forças também já tinham se esgotado a assim, também lançando um olhar fraterno de amizade ao seu dono que o acompanhou por toda sua existência e despediu quieto do mundo eu vivera. Pedro sem mais forças para ajudar seu amigo, elevou novamente seu pensamento a DEUS e a JESUS, pedindo para que não os abandonassem naquele momento de suas vidas. Mas a vida de Pedro e de Peludo tinha chegado ao fim.
Entretanto após alguns minutos, Pedro não sentiu mais o frio que cortava sua pele e abria sua alma. Sentiu vontade de se levantar e tirar todo o gelo de cima de si e voltando se para traz viu aquele velhinho, sem cor, todo branco, junto ao seu cachorro também inerte, cobertos de neve. E se espantou, pois viu que se tratava de seu corpo físico sofrido pelo tempo, suas expectativas, lembranças, vitórias e derrotas. Viu como se fosse uma lembrança de um filme em sua mente de toda a história de sua vida... E tudo em vão, achava tudo perdido agora. E Pedro começou a chorar pelo triste fim que tivera... Mas naquele instante, sentindo um calor enorme a envolver-lhe, ouvindo o tilintar de sinos vários sinos.
Olhando para o alto avistou uma carruagem que chegava cheia de luzes e alguns cavalos diferentes, pois nunca havia visto estes animais. Quando se aproximou percebeu que não era uma carruagem qualquer e no instante que parou à sua frente, Pedro e seu cachorro Peludo que também pode aparecer em espírito viram que a realidade dos sonhos estava se realizando em sua frente. Não se conteve e continuou a chorar intensamente, agora pelo espetáculo que se descortinava no atendimento de suas prerrogativas.
Pelo seu pedido naquele dia a DEUS que queria ser o Papai Noel, estava descendo de sua carruagem belíssima toda dourada e cintilante, Papai Noel de Verdade!! As suas Renas domesticadas olhavam Pedro com muito amor como em compasso de espera, aguardavam seu dono dar-lhes novas ordens. Aquele velhinho vindo, ao seu encontro, abraçando a Pedro lhe falou:
Pedro Bonachão!
É o teu nome e vim te buscar a pedido do alto.
E seu nome não é em vão.
Você em sua vida cultivou os tesouros do céu.
Alegrou as crianças e pobres nas praças ao léu.
Não dispunha de nada e viveu como as aves do céu.
Jesus disse que devemos primeiramente buscar o Reino de Deus e sua justiça e que todas as outras coisas vos se acrescentarão.
Agora, meu filho, você recebeu esta incumbência de também levar aos pobres, juntamente com seu amigo Peludo, o calor espiritual que todos necessitam.
Em vida distribuía balas e divertia as crianças com suas histórias, agora levará consolo e abrigo espiritual aos necessitados e AMOR a toda a humanidade carente.
“Bendito sois vós meu filho por saber e aguardar estas verdades espirituais”.
E Pedro Bonachão, juntamente com seu cachorro Peludo que aparentava agora com uma luz dourada irradiando para todos os lados, subiu no trenó de Papai Noel, em sua carruagem de Luz, abraçando seu companheiro espiritual, muito emocionado agradecendo a sua acolhida com muito amor. Olhando mais uma vez para seu corpo e de seu cachorro que só viam um monte de gelo, agradeceu pela Dádiva da Vida e o sentimento mais puro e lindo que estava reservado para ele.
O céu naquele instante, para o povo da aldeia que poderia estar olhando, veria um espetáculo de grande natureza, como se fosse um cometa a dissipar e rasgar o céu com suas luzes multicoloridas em forma de caudas cintilantes até desaparecer no espaço infinito...
E assim termina a nossa história que se intitula: “Olhai as Aves do Céu”
Vamos neste Natal, agradecer por tudo que temos, que recebemos, pela família maravilhosa que possuímos, em ambos os lados e por tudo que somos. Vamos a partir de agora nesta vida que procuramos encontrar com nosso Papai Noel espiritual, amigo, protetor, anjo guardião, e oferecer-lhes nossos préstimos de solidariedade e amor universal.
Vamos buscar os bens espirituais para nossa evolução!
Sabendo que somos simples ovelhas no reino do Senhor e agradecemos por estarmos junto de vós, neste grande rebanho de DEUS.
Salve Jesus!!! Nós te amamos.
Esteja junto de nós até a eternidade em seu paraíso de Luz.
Salve Maria, nossa Mãe Santíssima!!!!
Que possa estar também junto de nós agora e sempre.
Que o Criador possa nesse instante irradiar a sua infindável energia de amor e d paz a todos que leram este conto de natal, para que possamos sentí-LO em nossos corações, que fazemos parte indivisível de sua obra de criação.
Somos todos irmãos, vamos agora vibrar intensamente para todos os nossos amigos, familiares, nossa cidade, nosso País, e toda humanidade.
Vibrar por todos e por nós também.
Que a Paz Esteja no Coração de Todos Nós.
Que assim seja!
Mário Caraça – mensagem inspirada na véspera do dia de Natal: 24/12/2009
É Natal... Que bonito!!! Todas as famílias reunidas nesta confraternização Universal em torno do nosso grande Mestre Jesus!
É nesta hora sublime que ficamos com os corações moles, queremos de alguma forma, como se fosse o último minuto de nossas vidas, resgatar todo o tempo perdido, aquele caso imperdoável, doloroso, triste, queremos a todo custo, solucionado. Ah! Se pudéssemos resolvê-los simplesmente com a nossa vontade e libertar todos estes quadros que nos prendem em nossas vidas há vários séculos...
Adormecidos que estamos na estrada de nossas vidas, o nosso subconsciente vai registrando tudo que acontece, todos os nossos atos, ações, realizações, vida após vida, boas e más. E nossa sabedoria sai do nosso conhecimento que vem através das sucessivas experiências passadas, nos tornam homens ou mulheres cada vez mais próximos a Deus.
Jesus em sua vinda junto de nós, sempre mostrou por parábolas a maneira simples de viver em Paz, Harmonia e Equilíbrio, vivendo em eterno amor com nosso PAI, nosso Criador.
Hoje, como em todos os natais que reunimos, estão presentes sempre aqueles que temos maior afinidade espiritual. Sejam encarnados nós (pai, filhos, marido, esposa, tios, primos e amigos), ou àqueles que já se encontram na pátria espiritual.
Neste dia de Graça, sabemos que são permitidas visitas aos lares dos parentes, aquelas entidades que nos foram muito caras, quando estávamos juntos. Cada um de nós vai se lembrar agora de seus parentes que já se foram e convidá-los a estar aqui ao nosso lado, pedindo permissão ao nosso Pai, para desfrutarmos junto a esta Ceia de Natal. E como num passe de mágica eles estivessem aqui neste momento, vamos sentindo esta sensação agradável de todos nós, nos ligarmos um ao outro pelos laços do AMOR.
Pois bem, preparem bem o coração e sintam que hoje é dia Graça!!!
Todos estão aqui, nossos pedidos foram aceitos, os nossos pensamentos fraternos fazem ligar ainda mais pelos laços consangüíneos.
Fiquem alegres, pois hoje é dia de festa! É NATAL. E JESUS quer que o espírito do Natal permaneça desta forma em todos os outros dias do ano!
Eu me lembro de uma história de Natal, muito bonita, que foi passada por inspiração. Vocês conhecem a história de Pedro Bonachão? Não?
Pois bem, vamos contar:
“Era uma vez um rapaz jovem talentoso, com muitos sonhos de vencer na vida, quis se aventurar saindo cedo de sua casa em busca de novas idéias, trabalhos e esperanças. A sua família muito simples e humilde não lhe dava créditos, dizendo que pobre jamais seria rico, mas Pedro sendo impulsionado pelo seu desejo saiu para aventura.
Passado muitos anos, cerca de 30 anos, talvez, Pedro já na idade madura, vendo que seus pais tinham razão, não conseguiu nada além de seu sustento na vida. Trocava seu trabalho por um prato de comida. Fazia qualquer coisa para agradar as crianças, distribuía balas e com isso ficou conhecido por Pedro Bonachão.
Um belo dia resolveu voltar para sua cidade natal, reviver sua família, seus pais e irmãos que havia deixado. E chegando a sua rua, foi até o local de sua casa e com grande espanto a viu completamente em ruínas. Muito triste e desolado perguntou aos vizinhos o que havia acontecido lá e à sua família. Os vizinhos mal responderam, pois lhes disseram que sua mãe e suas duas irmãs tinham morrido da peste que assolou aquela casa e o povo com medo maior incendiou toda a casa para acabar com a doença. O seu pai e seu irmão, em vista do ocorrido e da desgraça ter caído sobre sua casa, tiveram de sair da cidade, pois o povo não os aceitava mais. E assim Pedro, o Bonachão, em busca de sua família, se viu só no mundo, desolado e muito triste não sabendo mais o que fazer...
O tempo passou naquela Aldeia, e Pedro mal podia viver com aquela dor e carga de vida que mudara tanto sua vida. Vivia de rua em rua, se alimentando de vez em quando, até que encontrou alguém que pudesse repartir suas horas de aflição e permanecer em sua companhia: Um cachorro de rua!
Muito brincalhão, o cachorro gostou de seu novo dono permanecendo junto de si.
E o tempo passou... Ele já estava velho, cabelos e barbas brancas e seu cachorro Peludo, que era seu nome, bem velho, os dois perambulavam pelas ruas da aldeia, com muitas histórias para contar para as crianças, entretendo-as nas praças a custo de alguns trocados.
Era inverno, o natal se aproximava. Todas as pessoas se preocupavam em preparar o ambiente doméstico e decorar suas frentes e árvores com motivos natalícios. A corrida aos centros de comércio também se faziam para abastecerem de comida para a ceia de natal. E o frio chegara...
A neve caía como flocos de algodão, a branquear toda estação de inverno. O vento soprava como cânticos nas árvores anunciando o natal que se chegara e estas todas revestidas em flocos de neve, esbranquiçadas, perdiam suas folhas mudando o cenário de magnífico esplendor.
As ruas só existiam nas demarcações das carroças e charretes, e passagens de pessoas nas calçadas. O ambiente era festivo, e o ar cheirava comida nesta época. O porco do mato assado à pururuca, e o javali eram os pratos preferidos. E Pedro Bonachão e seu cachorro Peludo perambulando pelas ruas da aldeia, quando deparou frente à loja de presentes, um senhor parecido cone na outra sigo. Velho de barbas brancas e compridas e cabelos longos, roupas em vermelho cintilante e com um grande sino na mão para chamar os transeuntes a entrarem em sua loja, e na outra mão carregava um saco grande repleto de presentes. Aí Pedro se lembrou do Papai Noel que vinha em noites de natal a distribuir presentes a toda criançada da cidade. Há que bom que seria! Pensava consigo mesmo. Lembrou de sua semelhança com Papai Noel da loja, fez até um pedido a Papai do Céu, o nosso Deus, que gostaria de ser o Papai Noel de verdade distribuindo presente a toda garotada como fazia com a distribuição de balas na praça.
Na véspera do Natal, estava muito frio e diziam que seria o dia de frio mais intenso do ano. As pessoas tão ocupadas que estavam não ficavam nas ruas, nevava intensamente...
E Pedro Bonachão e Peludo entraram num templo para se aquecerem e sentou-se um pouco para descansar.
E naquele instante pode ouvir um pastor que dizia aos fiéis as palavras de Jesus, dizendo:
“Não queirais entesourar para vós os tesouros da terra, onde a ferrugem e a traça consomem, e onde os ladrões os desenterram e roubam. Mas entesourais para vós os tesouros do céu, onde não consomem a ferrugem nem a traça. E onde os ladrões não os desenterram, nem roubam. Porque onde está o teu tesouro, aí está também teu coração. Olhai as aves do céu, que não semeiam nem segam, nem fazem proventos para seus celeiros e, contudo vosso PAI celestial as sustenta. Buscai primeiramente o Reino de Deus e a sua justiça, e todas as outras coisas se vos acrescentarão. E assim não andarão inquietos pelo dia de amanhã. Porque o dia de amanhã trará seu cuidado; ao dia basta a sua própria aflição” (Mateus VI : 19-21, 25-34).E Pedro escutando aquelas palavras, notou que eram para si, falava de sua vida, pois naquele momento não possuía nada além de seu cachorro Peludo, algumas balas em seu bolso e muitas histórias para contar.
Saiu do templo feliz em ter encontrado a Paz que necessitava, pois tinha a certeza de que Jesus não o haveria de desampará-lo naquela noite de Natal muito fria (e Jesus não o abandonou).
Passeou pelas ruas, tentou conversar com as pessoas, mas tudo em vão.
Todos os pedestres estavam muito ocupados, se dirigindo para suas casas.
Já anoitecendo, a lareira aquecida, árvores de natal repleta de decorações e presentes à sua volta, pessoas se divertindo, bebendo e Pedro Bonachão e Peludo a verem pelas janelas das casas todo o carinho, o conforto que acomodavam aquelas famílias. Pedro desejou muitas felicidades a todos, lembrando de seus familiares que não tiveram a mesma sorte e rogou uma prece a eles. Sentado à beira de um banco de jardim na praça, se encostando com Peludo para se aquecerem. A neve caía intensamente sobre eles e Pedro sentiu-se mal após formular a prece, perdendo os sentidos naquele momento. Seu cachorro ao vê-lo quase desfalecido, quis como último recurso lamber-lhe o rosto na tentativa de reanimá-lo, mas suas forças também já tinham se esgotado a assim, também lançando um olhar fraterno de amizade ao seu dono que o acompanhou por toda sua existência e despediu quieto do mundo eu vivera. Pedro sem mais forças para ajudar seu amigo, elevou novamente seu pensamento a DEUS e a JESUS, pedindo para que não os abandonassem naquele momento de suas vidas. Mas a vida de Pedro e de Peludo tinha chegado ao fim.
Entretanto após alguns minutos, Pedro não sentiu mais o frio que cortava sua pele e abria sua alma. Sentiu vontade de se levantar e tirar todo o gelo de cima de si e voltando se para traz viu aquele velhinho, sem cor, todo branco, junto ao seu cachorro também inerte, cobertos de neve. E se espantou, pois viu que se tratava de seu corpo físico sofrido pelo tempo, suas expectativas, lembranças, vitórias e derrotas. Viu como se fosse uma lembrança de um filme em sua mente de toda a história de sua vida... E tudo em vão, achava tudo perdido agora. E Pedro começou a chorar pelo triste fim que tivera... Mas naquele instante, sentindo um calor enorme a envolver-lhe, ouvindo o tilintar de sinos vários sinos.
Olhando para o alto avistou uma carruagem que chegava cheia de luzes e alguns cavalos diferentes, pois nunca havia visto estes animais. Quando se aproximou percebeu que não era uma carruagem qualquer e no instante que parou à sua frente, Pedro e seu cachorro Peludo que também pode aparecer em espírito viram que a realidade dos sonhos estava se realizando em sua frente. Não se conteve e continuou a chorar intensamente, agora pelo espetáculo que se descortinava no atendimento de suas prerrogativas.
Pelo seu pedido naquele dia a DEUS que queria ser o Papai Noel, estava descendo de sua carruagem belíssima toda dourada e cintilante, Papai Noel de Verdade!! As suas Renas domesticadas olhavam Pedro com muito amor como em compasso de espera, aguardavam seu dono dar-lhes novas ordens. Aquele velhinho vindo, ao seu encontro, abraçando a Pedro lhe falou:
Pedro Bonachão!
É o teu nome e vim te buscar a pedido do alto.
E seu nome não é em vão.
Você em sua vida cultivou os tesouros do céu.
Alegrou as crianças e pobres nas praças ao léu.
Não dispunha de nada e viveu como as aves do céu.
Jesus disse que devemos primeiramente buscar o Reino de Deus e sua justiça e que todas as outras coisas vos se acrescentarão.
Agora, meu filho, você recebeu esta incumbência de também levar aos pobres, juntamente com seu amigo Peludo, o calor espiritual que todos necessitam.
Em vida distribuía balas e divertia as crianças com suas histórias, agora levará consolo e abrigo espiritual aos necessitados e AMOR a toda a humanidade carente.
“Bendito sois vós meu filho por saber e aguardar estas verdades espirituais”.
E Pedro Bonachão, juntamente com seu cachorro Peludo que aparentava agora com uma luz dourada irradiando para todos os lados, subiu no trenó de Papai Noel, em sua carruagem de Luz, abraçando seu companheiro espiritual, muito emocionado agradecendo a sua acolhida com muito amor. Olhando mais uma vez para seu corpo e de seu cachorro que só viam um monte de gelo, agradeceu pela Dádiva da Vida e o sentimento mais puro e lindo que estava reservado para ele.
O céu naquele instante, para o povo da aldeia que poderia estar olhando, veria um espetáculo de grande natureza, como se fosse um cometa a dissipar e rasgar o céu com suas luzes multicoloridas em forma de caudas cintilantes até desaparecer no espaço infinito...
E assim termina a nossa história que se intitula: “Olhai as Aves do Céu”
Vamos neste Natal, agradecer por tudo que temos, que recebemos, pela família maravilhosa que possuímos, em ambos os lados e por tudo que somos. Vamos a partir de agora nesta vida que procuramos encontrar com nosso Papai Noel espiritual, amigo, protetor, anjo guardião, e oferecer-lhes nossos préstimos de solidariedade e amor universal.
Vamos buscar os bens espirituais para nossa evolução!
Sabendo que somos simples ovelhas no reino do Senhor e agradecemos por estarmos junto de vós, neste grande rebanho de DEUS.
Salve Jesus!!! Nós te amamos.
Esteja junto de nós até a eternidade em seu paraíso de Luz.
Salve Maria, nossa Mãe Santíssima!!!!
Que possa estar também junto de nós agora e sempre.
Que o Criador possa nesse instante irradiar a sua infindável energia de amor e d paz a todos que leram este conto de natal, para que possamos sentí-LO em nossos corações, que fazemos parte indivisível de sua obra de criação.
Somos todos irmãos, vamos agora vibrar intensamente para todos os nossos amigos, familiares, nossa cidade, nosso País, e toda humanidade.
Vibrar por todos e por nós também.
Que a Paz Esteja no Coração de Todos Nós.
Que assim seja!
Mário Caraça – mensagem inspirada na véspera do dia de Natal: 24/12/2009